Fonoaudiólogo: o profissional responsável por cuidar da voz

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O fonoaudiólogo é um profissional de Saúde, capacitado para atender indivíduos com distúrbios da comunicação, o que incluiu problemas de linguagem, leitura e escrita, fala, gagueira, voz, nos músculos da face, deglutição, audição e equilíbrio.

“Além disso, o fonoaudiólogo está preparado para aperfeiçoar a comunicação para a vida pessoal e profissional, em indivíduos saudáveis. Exerce também atividades de ensino, pesquisa e administrativas”, afirma Márcia Karelisky, fonoaudióloga Especialista em Voz e consultora em Comunicação Humana.

Para quem deseja atuar na área, ela destaca que a característica fundamental é gostar de pessoas. “Como trabalhamos com comunicação o ideal é sermos ouvintes, pacientes, atentos aos sinais que os pacientes transmitem”, explica.

A especialista completa que a maior alegria do fonoaudiólogo é melhorar não só a comunicação do paciente ou profissional e sim é melhorar a qualidade de vida. “Comunicação não é dom, é direito!”, ressalta.

Áreas de atuação

O fonoaudiólogo pode atuar em unidades básicas de saúde, ambulatórios de especialidades, hospitais e maternidades, consultórios e clínicas, home care (domicílios), asilos, casas de saúde, creches e berçários, escolas regulares e especiais, instituições de ensino superior, empresas, veículos de comunicação (rádio, TV e teatro) e associações.

Atualmente onze especialidades são reconhecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia: Audiologia, Linguagem, Motricidade Orofacial, Saúde Coletiva, Voz, Disfagia, Gerontologia, Fonoaudiologia Educacional, Fonoaudiologia Neurofuncional, Fonoaudiologia do Trabalho e Neuropsicologia.

Oportunidades

Com o crescente número de especialidades, Márcia avalia que o mercado de trabalho também se expandiu, mas o maior número de profissionais ainda está na região sudeste, bem como o maior número de fonoaudiólogos especialistas, mestres e doutores.

Segundo ela, só no estado de São Paulo são 12.031 profissionais ativos, conforme dados de 2015.

“Um ponto positivo é que os fonoaudiólogos não estão mais só nos consultórios e clínicas, ganharam outros espaços de atuação como hospitais, empresas, veículos de comunicação e instituições de pesquisas”, avalia.

Márcia destaca que a Fonoaudiologia luta constantemente por melhores condições de trabalho, reconhecimento profissional e principalmente remuneração.

“No estado de São Paulo não há sindicatos o que faz a categoria não ter um piso salarial. Com a saúde em crise, os planos de saúde remuneram muito mal os profissionais da saúde. A Fonoaudiologia brasileira é reconhecida mundialmente”.

Ofício

A fonoaudióloga Especialista em Voz diz que sempre se encantou pela área de saúde e conheceu a profissão através de uma colega. Formada há 33 anos e depois de muitos anos de fonoaudiologia clínica, se encantou pelos distúrbios de voz e pelo aperfeiçoamento da comunicação. Ela esclarece que inicialmente haviam as fonos “generalistas”, não havia especialidades, ou seja, o fonoaudiólogo atendia todas as patologias,

“Resolvi me dedicar só a estas áreas e tenho certeza que a escolha foi acertada. Com mais experiência profissional, se dedicar a uma só área trouxe mais benefícios aos pacientes e clientes que nos procuram”, observa.

Atualmente Márcia trabalha clinicamente na especialidade Voz, atua em telejornalismo e com fonoaudiologia empresarial. “Tenho uma empresa de consultoria em comunicação interpessoal, e alcanço os meus objetivos levando melhoria na qualidade de vida aos meus pacientes e profissionais de diversos segmentos”, detalha.

História

Questionada sobre qual é a origem da profissão ela afirma que a Fonoaudiologia é uma ciência estudada de forma sistemática nas universidades em mais de uma centena de países do mundo e existe formalmente há mais de um século.

“A primeira referência formal é de 1900, quando a Hungria reconheceu a profissão e criou a primeira faculdade de Fonoaudiologia no mundo”, diz a especialista.

No Brasil, sua história é ainda mais antiga, se considerada a sua associação com a da Educação Especial. Segundo Márcia, a primeira marca identificatória da profissão é da época do Império, com a criação, em 1854, do Imperial Colégio, voltado para meninos cegos (hoje, Instituto Benjamim Constant), seguido, no ano seguinte, com a criação do Colégio Nacional, destinado ao ensino dos deficientes auditivos.

“Em 1912, documentos comprovavam que a Fonoaudiologia já se diferenciava da educação especial, com o início de pesquisas específicas, relacionadas aos distúrbios da voz e da fala,e com a implantação de cursos de orientação a professores”, diz.

Características da carreira

  • O fonoaudiólogo está preparado para aperfeiçoar a comunicação para a vida pessoal e profissional, em indivíduos saudáveis;
  • Ele também exerce atividades de ensino, pesquisa e administrativas;
  • Gostar de pessoas é a característica fundamental para quem deseja atuar na área;
  • Além dos consultórios e clínicas, os fonoaudiólogos ganharam outros espaços de atuação como hospitais, empresas, veículos de comunicação e instituições de pesquisas;
  • Atualmente onze especialidades são reconhecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.

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