Voz, linguagem e expressão corporal é o tripé que apoia a comunicação. Conhecer e aperfeiçoar esse tripé é fundamental para quem deseja falar bem em público.
“É preciso aperfeiçoá-lo no sentido de valorizar o conteúdo a ser dito e a forma como queremos influenciar as pessoas através de nossa comunicação em público, em reuniões, com os nossos pares, amigos e familiares”, afirma Márcia Karelisky, especialista em voz e consultora em comunicação interpessoal da ComunicAto.
Ela detalha que em uma situação de fala em público é possível perceber que o grau de ansiedade modifica o gerenciamento de conteúdo no nosso cérebro. Dessa forma, ela esclarece que é normal a pessoa ter vontade de fugir, de congelarmos ou até mesmo se confundir.
“Pense na seguinte situação: você diz a você mesmo – não vou ficar nervoso! O que vem em sua mente? Nervoso, nervoso, nervoso. Isso ocorre pois o cérebro não entende um comando negativo. Nosso cérebro é como um GPS, se nós colocarmos um destino, ele vai nos levar até lá. No entanto, se no meio do caminho mudamos de ideia e alertamos que não queremos ir para o destino traçado, o GPS não vai entender, ele vai ficar recalculando a rota, o que corresponde a nossa voz interna … nervoso, nervoso, nervoso”, exemplifica.
Controle
Diante deste desafio, ela orienta que é muito importante que no momento da apresentação o profissional pense no que quer sentir e não no que não quer sentir. Márcia exemplifica os esportistas que controlam de várias maneiras as emoções e, consequentemente, fazem a evocação do estado interno de poder, daquilo que realmente querem durante uma partida.
“Alguns jogadores de futebol fazem o sinal da cruz antes de entrar no campo ou depois de um belíssimo gol. Tenistas, tendem a bater a raquete nos pés antes de um saque. Há quem diga que essas pessoas tem TOC- Transtorno Obsessivo Compulsivo, mas sabemos que o que os esportistas usam é um poderoso recurso para concentração e preparação do estado interno”, aponta.
Para ajudar em apresentações, a especialista destaca que ao perceber que o profissional está com o rosto vermelho antes da apresentação, a dica é pensar que é um sinal positivo. Dessa forma, ela explica que isso demonstra que a adrenalina começou a circular no seu organismo e que esta sensação te dará muita segurança.
“Nosso estado interno influencia demais as pessoas com as quais conversamos. Por isso, para fazer com que os outros lembrem o que você disse, amplie o seu universo de comunicação e prepare com bastante antecedência o seu estado interno. Afinal, nós não temos medo de falar, nós temos medo é de falhar em nossas apresentações”, orienta.
Dicas
Dicas para tornar-se um comunicador confiante:
- Voz, linguagem e expressão corporal é o tripé que apoia a comunicação;
- Valorize o conteúdo a ser dito e a forma como quer influenciar as pessoas;
- Diante do desafio de uma apresentação em público, o profissional deve pensar no que quer sentir e não no que não quer sentir;
- Faça com que os outros lembrem o que você disse, amplie o seu universo de comunicação e prepare com bastante antecedência o seu estado interno;
- Afinal, nós não temos medo de falar, nós temos medo é de falhar em nossas apresentações.
Curso
Para quem deseja conhecer as principais ferramentas de expressividade oral e corporal, assim como para otimizar apresentações em público e aperfeiçoar a comunicação verbal, será ministrado em Jundiaí nos dias 06 e 07 de maio o Programa de Desenvolvimento da Competência Comunicativa para Apresentações Impactantes em Público (AIP).