A voz como instrumento de trabalho

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Cerca de 40% da população ativa utiliza a voz como instrumento de trabalho. Em especial, são considerados profissionais da voz os teleatendentes, professores, jornalistas, políticos, atores, vendedores, recepcionistas, advogados, líderes religiosos, entre outros. Para estes profissionais, a voz é quase indispensável para o exercício de suas funções e, por isso, deve receber atenção especial.

Em 9 de dezembro foi comemorado o dia do fonoaudiólogo, o profissional de saúde capacitado para atender indivíduos com distúrbios da comunicação. “Isso incluiu problemas de linguagem, leitura e escrita, fala, gagueira, voz, nos músculos da face, deglutição, audição e equilíbrio”, detalha a fonoaudióloga Márcia Karelisky. Além disso, ela destaca que o fonoaudiólogo está preparado para aperfeiçoar a comunicação para a vida pessoal e profissional, em indivíduos saudáveis. “Ele também exerce atividades de ensino, pesquisa e administrativas”, diz.

Perfil

Questionada sobre quais são as características essenciais para quem deseja atuar na área, ela afirma que o fundamental é gostar de pessoas.

“Como trabalhamos com comunicação o ideal é sermos ouvintes, pacientes, atentos aos sinais que os pacientes transmitem. A maior alegria do fonoaudiólogo é melhorar não só a comunicação do paciente ou profissional e sim é melhorar a qualidade de vida. Comunicação não é dom, é direito”, ressalta a especialista.

Mercado

Com o crescente número de especialidades, o mercado de trabalho também se expandiu. No entanto, Márcia aponta que o maior número de profissionais ainda está na região sudeste, bem como o maior número de fonoaudiólogos especialistas, mestres e doutores.

“Só no Estado de São Paulo temos 12.031 profissionais ativos, segundo dato de 2015. Um ponto positivo é que os fonoaudiólogos não estão mais só nos consultórios e clínicas, ganharam outros espaços de atuação como hospitais, empresas, veículos de comunicação e instituições de pesquisas”, exemplifica a profissional que trabalha clinicamente na especialidade Voz, atua em telejornalismo e com fonoaudiologia empresarial. “Alcanço os meus objetivos levando melhoria na  qualidade de vida aos meus pacientes e profissionais de diversos segmentos”, declara.

A boa notícia para quem pretende atuar na área é que atualmente 11 especialidades são reconhecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia: Audiologia; Linguagem; Motricidade Orofacial; Saúde Coletiva; Voz; Disfagia; Gerontologia; Fonoaudiologia Educacional; Fonoaudiologia Neurofuncional; Fonoaudiologia do Trabalho e Neuropsicologia.

Cuidados

Entre os sinais de que há algum problema com o voz, Márcia aponta situações como perceber se a voz modificou-se com o passar do tempo; fazer força para falar; ficar com a voz fraca no final do dia ou sentir cansaço vocal. “Ter falhas na voz, dor ou ardência ao falar e rouquidão por mais de 15 dias necessitam de avaliação especializada”, alerta a especialista.

Na opinião de Márcia, o profissional da voz é considerado um “atleta vocal”. “Ou seja, da mesma forma que esportistas tomam todas as precauções com seu  corpo, o profissional da voz deve ter uma rotina diária de exercícios de aquecimento e  desaquecimento  vocal, com o objetivo de prevenir problemas de voz e manter excelente qualidade de vida na profissão”.

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