O impacto das diferenças de comunicação

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Os homens e as mulheres são diferentes. Porém, além das diferenças anatômicas, os cientistas sabem também que existem várias outras diferenças sutis na maneira pela qual os cérebros dos homens e das mulheres processam a linguagem, as informações, as emoções, o conhecimento, entre outros aspectos.

Devido ao aumento de mulheres no mercado de trabalho, um tema que tem sido amplamente estudado e discutido é sobre os impactos que as diferenças de comunicação masculina e feminina geram em uma entrevista de emprego.

De acordo com Márcia Karelisky, consultora em Comunicação e Practitioner em Programação Neurolinguística, inicialmente é importante pensar essas diferenças em ambos os lados, ou seja, do entrevistador e do candidato.

“Esta será sempre uma via de mão dupla. Para não sermos pegos de surpresa, vale a pena entendermos o porquê homens e mulheres se comunicam de maneira diferente e nos adequarmos às duas interações”, explica.

Diferenças

A especialista afirma que os cérebros do homem e da mulher não são iguais e que, de maneira um pouco mais profunda, as diferenças cerebrais revelam o que faz com que as mulheres sejam mulheres e os homens sejam homens.

“Se homens e mulheres utilizam áreas e circuitos cerebrais diferentes para solucionar problemas, processar linguagem, vivenciar experiências e armazenar uma mesma emoção forte, está explicado porque tantos ruídos de comunicação podem ocorrer em uma entrevista de emprego?”, questiona.

Ela exemplifica que as mulheres são melhores para expressar emoções e lembrar-se de detalhes de incidentes que envolvem emoções, ou seja, se o entrevistador fizer uma pergunta a uma mulher, que remeta aos sentimentos, com certeza a mulher ficará mais exposta a demonstrá-lo ante um candidato homem.

“Em contrapartida, se a entrevistadora for mulher, ela tem mais habilidade de interpretar expressões faciais e tons de voz para reconhecer emoções em seu candidato”, declara.

Habilidades

Questionada sobre quais são as principais diferenças, ela esclarece que se o perfil de comunicação é considerado masculino, isso caracteriza uma fala direta, objetiva, sem rodeios e focalizada na mensagem.

“O aspecto positivo desse padrão é que o profissional não perde tempo e deixa claro o que quer. Contudo, o aspecto negativo é que ele também pode ser interpretado como alguém autoritário, seco e que não valoriza o lado humano das relações”, observa.

Agora, se o perfil de comunicação é considerado feminino, Márcia aponta que se caracteriza uma fala menos objetiva, com rodeios e sem pressa de focalizar a mensagem.

“O aspecto positivo desse padrão é que o ouvinte percebe que o falante valoriza o lado humano das relações. Contudo, o aspecto negativo é que isso pode ser interpretado como falta de poder ou de profissionalismo”, pondera.

Relacionamento

No entanto, Márcia ressalta que na empresa moderna as habilidades de relacionamento são tão importantes quanto as competências técnicas.

Segundo ela, apesar de as empresas modernas valorizarem o lado humano das relações, as metas do time dependem de objetivos e de ações claras, precisas e bem definidas.

“Não basta entendermos essas diferenças e sim, compreendermos como é a apresentação de gênero na comunicação do candidato, que é diferente de ser mulher ou de ser homem. Independentemente do profissional, ter sexo feminino ou masculino, é reconhecer como ele se apresenta no mundo social”, diz.

Dessa forma, ela exemplifica que há homens que se faz necessária uma apresentação de gênero mais feminino, na qual há manifestação de emoção na fala, e isto nada tem a ver com sexualidade, e não há conflito algum em demonstrar mais emoção.

“Em contrapartida, há mulheres que tem uma apresentação de gênero mais masculina, muito conta da história de vida pessoal e profissional do candidato.”

Na prática

Sendo assim, Márcia afirma que na hora de se preparar para uma entrevista, o candidato, se possível, também deve levar em conta se o entrevistador é homem ou mulher.

“Se entendermos as principais diferenças que existem na comunicação masculina e feminina conseguimos nos adequar melhor às interações e às nossas expectativas”, aponta.

Na opinião da consultora, a melhor forma de termos uma comunicação eficaz é o autoconhecimento e analisar que estilos de comunicação temos mais desenvolvido.

“A nossa competência comunicativa está nos levando para mais perto dos nossos objetivos ou está nos afastando? Como estão nossos resultados? Vale a pena a reflexão. A boa notícia é que para sermos bons comunicadores não é uma questão de dom e sim de treino. Profissionais treinados conquistam mais sucesso!”, garante.

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